29 de setembro de 2011

Vontade de viajar, de descobrir uns amores aqui e acolá. De sorrir bonito, mostrando os dentes. De abraçar os bons amigos. Vontade de guardar tudo no peito pra não se perder. 

2 de setembro de 2011

Ô vidinha.

Acordo cansada todos os dias. Pois é, é tanta preguiça que me pergunto: até que ponto, meu Deus? Ai eu escuto alguém dizer: "mas minha filha só sabe reclamar, né?" Mas não é que eu só saiba reclamar não, minha senhora, é que não tá fácil, sabe? A gente se ilude tanto com as coisas da vida, a gente bate a cabeça na parede, quebra o pé, entorta o dedo, mas quase sempre por um motivo divertido. Uma vez, por exemplo, meu pé sangrou por umas boas horas, quando o cortei com porcelana brincando de "amarelinha". Doeu, sangrou, mas passou. E lá fui eu de novo, brincar. Será que a gente devia fazer isso com a vida também? A gente gosta e des-gosta das pessoas, diz que não quer mais saber do mundo, pensa que vai passar o resto dos dias deitada numa cama, vendo as porcarias que passam na televisão. A gente assiste aos filmes e começa a chorar, RECLAMANDO porque a sua vida não poderia ser daquele jeito. É isso, minha senhora, sempre é assim. Não adianta dizer que aprendeu, não adianta dizer que quer morrer. A vida não dá bola pra gente não, ela deixa a gente largada por ai, e diz numa risada de bruxa: "se vira!" E o que fazer, né, minha senhora? A gente tenta. Tenta se virar pra não perder o ritmo. E quebra a cara de novo. Mas, no fundo, quem se importa com isso, certo?