24 de fevereiro de 2012

"Nós".



"Lá no fundo a gente sente o fim chegar..."
Umas boas lágrimas escorreram pelo meu rosto quando ouvi essa música.

21 de fevereiro de 2012

Passou o tempo.


Para ler ouvindo Rewind, Diane Birch.

Banho de chuva, o barulho dos pingos caindo no telhado, cachorros latindo, crianças brincando. É uma coisa tão bonita de se ouvir, de se ver! Deitar numa rede, ouvir uma boa música, e pensar naquelas coisas ditas na noite anterior. A gente jogou conversa fora, riu de coisas comuns, pouquíssimas horas se passaram e nem deu pra gente se abraçar. Frio, céu escuro, a rua quase que vazia. No momento em que eu me virei para ir embora, queria ter dado meia-volta e te abraçado. Queria ter te dado um beijo quente, sabe, para parar toda aquela tremedeira do seu corpo. Ficar tremendo quando me vê, mas existe coisa mais bonita? Algumas coisas são difíceis de explicar, aparecem do nada dentro da gente. Coração pula de alegria, do nada. Falo isso ou não falo? As mãos gelam. Mas é o frio! É pouco tempo que a gente tem para dizer o que se devia, e acaba que nem diz. "Deixa pra depois", e o depois nem chega. Amanhã. Outra hora. Tem tempo. Tá tarde. Fui embora.

11 de fevereiro de 2012

Pensei que as coisas pudessem ser diferentes com o decorrer do tempo. Pensei que mudaria para melhor. É estranho. Eu não tenho vontade de conhecer pessoas, ou de sair de casa, de ser sociável, entende? Pensei que eu fosse me desenvolver. Mas não. Eu criei um mundo entre quatro paredes. Meus livros, meus filmes, fotos, coisas. Eu fico imaginando como seria a vida fora disso, mas eu não tenho coragem de ir atrás de descobrir. É meio que preguiça. Ou cansaço. "Mas você é tão nova!" Como se a idade importasse, hm. Eu faço mil planos para o futuro, mas sempre com medo. Medo de que não dê certo. Medo de que eu seja um fracasso na profissão que eu escolhi. E todo dia eu vou dormir dizendo que amanhã eu farei diferente. Mas eu não faço. Continuo trancada entre as minhas paredes. Descobri que ficar sozinha não é lá uma coisa tão assustadora, é até melhor. E eu também tenho medo disso, de me acostumar com a solidão. Eu gosto das pessoas, gosto mesmo, mas é que... eu não sei. Sinto falta de escrever, sinto falta de gostar de alguém, de sonhar, de me inspirar. Me pergunto onde foi que eu perdi essas coisas. Onde foi que o tempo passou tão depressa e as levou.