26 de outubro de 2017

“At every occasion I'll be ready for a funeral.”

Eu não sei explicar as coisas que passam em minha cabeça. Podia até dizer que parece cena de filme quando vem uns flashbacks desorganizados de memórias ruins, mas parece mais um pesadelo distante que me faz acordar com a respiração em ritmo de fim de mundo. Às vezes eu respiro fundo e sei que tudo não passa dos meus pequenos demônios. Às vezes respirar não é suficiente e eu preciso me impedir de odiar tanto assim esse viver. Quando eu abro os olhos às seis da manhã, parece que o chão resolve sumir. As coisas certas viram incertas porque eu não conheço o que está ao meu redor. O universo é só uma caixa de papelão sem buraquinhos. Eu entro em pânico. Eu me desespero. Eu enlouqueço. O mundo não é para mim e eu não sou para o mundo. E quando eu seguro meu coração e sinto as batidas fortes demais, eu me pergunto que horas tudo vai parar.