29 de dezembro de 2010

2011 vem aí.

E ai vocês? Quanto tempo que eu não posso algo decente, dios. Não postei no Natal porque não é lá uma das minhas datas preferidas, então preferi só desejar um Happy Christmas e pronto, Gente do céu, todo mundo fala que o ano passou rápido demais, mas por incrível que pareça, não achei isso. Acho que tudo aconteceu no seu devido tempo, coisas ruins e boas, mas tá aí um ano que eu não tenho do que reclamar! E espero que 2011 seja tão bom quanto 2010 viu, a diferença é que eu vou estar na faculdade, muaaaah. Ok, eu realmente estou empolgada. E ok, eu realmente sou bipolar. Não adianta, Lidiane nunca vai ter uma opinião certa, seus pensamentos sempre estarão em metamorfose. Daí, quais meus planos para o aninho lindo que vai chegar? Bom, estudar bastante, claro, afinal eu saí dos anos em que para passar numa prova você precisava colar, quer dizer, todos pensavam que nunca precisariam de uma matemática ou uma física no futuro, certo? Mas na faculdade eu não posso pensar assim, pois vou levar aquilo para o resto da vida. Então, aqui vai a minha lista:
  • Estudar muito, muito, muito. E curtir a faculdade, claro.
  • Continuar o curso de Inglês, e tentar fazer um intensivo mesmo, para que eu termine em um ano.
  • Começar a treinar mais minha escrita, escrever mais textos, afinal quero trabalhar com impresso, então o treino deve começar desde já.
  • Entrar para a academia. SIM, MEU CORPO GRITA POR ISSO!
  • Deixar minhas unhas crescerem. É bobinho, mas desde que me entendo por gente roo (não sei se escrevi certo) as unhas, e será possível que chegarei nos 18 com elas do mesmo jeito de sempre? Não, nem pensar.
  • No meu aníver de 18, quero uma viagem para o Sul. Pois é papai e mamãe, preciso saber o que é friozinho de verdade e conhecer a @letsgobangbang, né miga?
  • Aproveitar mais as oportunidades sem ter medo de quebrar a cara. Vou morar sem meus pais, então preciso desaprender a ser dependente.
  • E PRATICAR O DESAPEGO! Ando muito materialista e consumista desde sempre, então está na hora de eu deixar as lojas lindas e maravilhosas um pouco de lado e aprender a juntar dinheiro para aquilo que é realmente necessário. (Ai como sofro dizendo isso, masss... adeus queridas, logo, logo voltarei à frequentá-las novamente, só preciso de uns aninhos para conseguir money. ~~cry)
Acho que esses são os pontos básicos. Meu signo (sou canceriana, mas não sou tão pomba o quanto dizem) diz que eu preciso realmente da academia (ATÉ MEU SIGNO ME CHAMANDO DE GORDA, VÊ SE PODE!) e que um novo amor está por vir. Signo amado, talvez eu até precise de um novo amor, mas o que eu preciso mesmo é emagrecer, estudar e juntar dinheiro, esses são os necessários, o resto a gente se ajeita. Amanhã estou viajando com a @sampaioalexia para Guaramiranga, seus lindos, e só voltarei dia 03 de janeiro. Ai que vida, ai que vida! Eu realmente quero curtir muito essa viagem com a minha friend, além do que não passarei a virada de ano nesse calor infernal, MUWHAHAHA, ai que feliz! Enfim fofinhos, desejo que vocês tenham um happy new year, de verdade, e que lutem muito para alcançar suas metas. Vocês que passaram ou já estão na faculdade, que estudem e curtam esse tempo; e vocês que vão para o cursinho ou o último ano do ensino médio, estudem também, e aproveitem muito esse último ano de dependência e vida boa (TOMARA QUE PASSEM NO FIM DO ANO NÉ), torço por vocês. Bom, torço por todos. E como disse a minha Alice Liddel: "Que sejamos todos feliz." Beijos e até 2011.

15 de dezembro de 2010

Mas olhe...

Não é isso de viver jovem e morrer velho, é achar que se está vivendo para sempre, mesmo que dure só um dia.

With a little help from my friends.

Sabe aquele aperto no coração? Pois é, foi isso o que eu senti quando eu cheguei lá em cima. Posso dizer, com toda a certeza do mundo, que hoje foi um dos melhores dias da minha vida, e são dias como esses que deixam meu coração sem reação, porque eu realmente fico em cima do muro. Não quero mais ir embora, eai? Tipo, eu sonhei isso com a minha vida toda e, quando eu passei, nunca tinha sentido algo tão emocionante. Massss... vocês devem me entender, eu sou do tipo que não tem facilidade para abrir mão de certos amores. Sim, meus amores, meus amigos, eles mesmos. A gente foi no Grangeiro, daí subimos a tão famosa pedra. ME EXPLIQUEM AQUELA SUBIDA, porque minhas pernas ainda estão tentando entender, coitadas. Nunca senti tantas dores assim, dios mio, eu realmente estou morta. Chegamos, com muito esforço. E ficar olhando para aquele nada, que se resume a um tudo, me deixou fraca da cabeça. Sabe o que é olhar para aquele mundo enorme, ver todos (ou melhor, quase todos) os seus amigos ali, sentados, pertinho de você? Daí bate aquela dúvida maltratante: o que eu faço da minha vida? Meu futuro ali, me chamando, e eu aqui, pensando no presente, e nas coisas que eu não quero perder nunca. Eu sei, "pratique o desapego", mas tenta você, se desapegar dos seus melhores amigos de uma vida toda e ir morar fora. Querem saber? Eu fui tão, mas tão, mas tão feliz hoje, que exploda-se o resto. Por agora, é o agora que importa. 

"If today was your last day
and tomorrow was too late
Could you say goodbye to yesterday?
Would you live each moment like your last?
Leave old pictures in the past?
Donate every dime you had?
Would you call those friends you've never seen?
Reminisce old memories?
Would you forgive your enemies?
Would you find that one your dreaming of?
Swear up and down to God above
that you'll finally fall in love?
If today was your last day...
Se hoje fosse seu último dia
E amanhã fosse tarde demais
Você poderia dizer adeus para o ontem?
Você viveria cada momento como se fosse o seu último?
Deixaria velhas fotos no passado?
Doaria cada centavo que você tem?
Ligaria pra todos aqueles amigos que você nunca vê?
Lembraria-se de velhas memórias?
Perdoaria seus inimigos?
Você encontraria aquele com que você está sonhando?
Jurando de pés juntos ao Deus lá de cima
Que você vai finalmente se apaixonar?
Se hoje fosse seu último dia..." (If Today Was Your Last Day - Nickelblack)

10 de dezembro de 2010

Que dia!

Bom, o dia de hoje já começou ontem quando minha mãe me obrigou a desligar o note onze da noite e ir dormir. Aquela velha história de "menina, para de trocar o dia pela noite!" mas vocês sabem como é néam, férias = tédio = internet 24 hrs. Eu tava com sono até, masss... me deitei, e o sono se foi. Sabe, o sono adora fazer isso comigo. Ele vem, fica me chamando, me seduzindo, falando coisas lindas ao pé do meu ouvido, ai pá, quando eu deito, ele foge, rindo de mim que nem menino mal no colégio, que rouba o brinquedo do amigo e fica rindo. E o que acontece quando o sono foge? Eu me entrego aos meus pensamentos. Realmente, eu tenho que parar de fazer isso, porque fico louca. Começo pensando na vida, nas saudades que eu sinto e que vou sentir, aí começo a pensar em milhões de coisas que eu deveria passar para o papel, sabe? Porque eu acabo esquecendo! Eu fico assim: meu Deus, eu realmente tô pensando isso? Por que não penso isso na hora que eu tô no notebook? Assim poderia passar tudo pro blog, né? Mas quem disse? Argh, todas as minhas ideias vem em horas inadequadas. E à noite! À NOITE! Queridas ideias, não sejam malvadas comigo, por que vocês não me aparecem agora, que eu estou ao leo aqui? POR QUE? Alguém me explica isso? Deve ter algo haver com psico-alguma-coisa, né? Dai, acabou que eu dormi uma da manhã, PARA ACORDAR SETE HORAS!!! Sim, isso me revolta, porque eu tinha obrigação de dormir cedo porque eu já sabia que ia acordar cedo, mas meu sono é muito imprevisível, já disse. Acordei sete e fui oito horas para a clínica com minha mamis linda, ela precisava de um tratamento com urgência (reparem bem na palavra urgência). Chegamos lá e esperamos. Esperamos. Esperamos. Esperamos. (e entre esses parênteses eu colocaria mais mil esperando's, vocês entendem né) E sabem que horas resolveram colocar a gente na sala de espera, com uma poltrona confortável pelo menos? Dez horas. Sabem que horas fomos transferidas para um quarto? Meio-dia. Sabem que horas ela foi receber o "medicamento"? Quatro horas da tarde! Isso! QUATRO HORAS DA TARDE! (por isso mandei vocês repararem na palavra urgência). Gente, hospital particular e a médica não apareceu nem para dar um boa tarde. Ai que bitch! Quando a gente tava na sala da poltrona, uma mulher começou a chorar, e eu fiquei assim: OH MY! Uma mulher. Chorando. Com dores no estômago. Logo pensei: "meu futuro em minha frente." Fiquei com vontade de sair correndo, sério. Nunca fiquei tão traumatizada com um hospital na vida! (E são cinco e meia da tarde e minha mãe ainda está lá, só que eu vim pra casa néam, troquei de período com meu mano, rs). Dai, meus planos de saírem? Para onde foram? Isso mesmo, para aquele lugar que vocês estão pensando. Minhas amigas quase todas passadas no vestibular, loucas da vida por uma comemoração (incluindo eu que ainda não comemorei néam), e quem disse que a gente vai sair? Algumas vão, mas eu e a Priscila ficaremos forever alone em casa, nessa internet maldita, que come um pedaço do nosso cérebro a cada dia que passa. É ruim depender de carona, né? Tipo, eu dependo dela e ela depende do irmão que não depende de ninguém, mas como os amigos dele não vão então... deixa estar.  Ai bate aquela revolta adolescente: POR QUE NADA QUE EU PLANEJO DÁ CERTO? Mas algumas coisas dão, como por exemplo, eu planejei passar no vestibular, bem, não na Unifor, mas passei e é o que importa, certo? Whatever, esse foi um dia daqueles, um dia de cão, e eu sinto que cabelos brancos estão nascendo em mim. Imaginem só ano que vem, eu indo pagar contas, andando de ônibus, morando só.... Hahaha, voltarei cheia de fios branquinhos. Beijo.

8 de dezembro de 2010

Regras.

O sol. Foi a primeira coisa que eu vi ao abrir os olhos. Eu havia dormido na praia. Como? Eu realmente não sei, ou não lembro. Me levantei aos poucos, meio preguiçosa e com dor de cabeça; percebi que haviam algumas garrafas de bebidas ao meu lado. Bom, não tinha como eu ter sido assaltada, afinal eu só tinha um caderno e canetas, nem violentada, não sentia dores que remetessem a tal ideia. Acontece que eu tinha que me lembrar: o que eu estava fazendo ali? Que horas seriam? Ah, lembrei. Meu livro. Eu precisava escrever um livro novo, ou estaria na miséria. Não literalmente, afinal, dinheiro não era o meu problema, mas a miséria que defino é a decadência de ideias, porque estas estavam fugindo de mim, como crianças fogem do banho. Eu tenho trinta e um anos e não me considero uma mulher velha. Havia casado há quatro anos e Harry era um excelente marido: trabalhava durante a semana, apenas nos períodos da manhã e da tarde, dava-me tudo o que eu queria, mas eu não era o tipo de esposa que adorava ganhar anéis de diamantes como presentes. Não, eu era simples, gostava de coisas boas, roupas bonitas e discretas. Eu nunca gostei de chamar atenção. Mamãe havia me criado assim: totalmente correta, cheia de educação, estudando nos melhores colégios, não porque eu era da classe alta, mas sim para ser sempre uma moça de família educada e valorizada. Me formei em Letras, não porque eu quisesse lecionar, mas eu sempre amei os livros, para onde eu ia sempre uns dois ou três me acompanhavam, e eu passava horas ali, navegando naquelas histórias deliciosas e encantadas, e sempre disse a mim mesma que um dia eu também passaria aquela sensação, que eu sentia a maior parte dos meus dias ao ler, para as pessoas, e assim o fiz. Comecei a escrever em cadernos e diários aos treze anos, você sabe, coisas de adolescentes, mas nada muito elevado, só sonhos e nada mais. Consegui publicar meu primeiro livro apenas aos vinte e três anos. Sim, para mim isso foi muito tarde, porque depois que me casei as ideias começaram a vagar, mas eu conseguia escrever um livro a cada dois anos, entretanto isso não me satisfazia. Minhas leitoras eram mulheres, casadas, com filhos, completamente maduras. Eu conseguia vender muito, sabe, afinal os conteúdos eram comuns: eu escrevia sobre mulheres realizadas, porque era assim que eu me sentia, porém escrevia histórias diferentes, ficção, entende? Mas de uns meses para cá eu não consigo mais pensar em nada! Saio de casa com frequência, comecei a fumar constantemente, e bebo, não para ficar bêbada, mas para clarear minha mente. Harry anda preocupado. Ah, pobre Harry! Eu casei apenas por pensar que o que eu sentia era amor: Harry era inteligente, educado, simpático, me respeitava e me amava - e eu pensei que esses quesitos resultariam em um casamento feliz. Não quis ter filhos, não por não gostar de crianças, mas com elas eu teria que deixar meus livros de lado, e isso eu não faria. Há duas semanas atrás eu encontrei um homem em um bar, ele era charmoso, bonito, tinha mais ou menos a minha idade, pele clara, cabelos loiros escuros, olhos sedutores, e me hipnotizou. Sentou ao meu lado e começamos a conversar; falei sobre meu problema com ideias novas e ele me chamou para dar uma volta. Sim, vocês devem estar se perguntando como eu, uma mulher tão correta, aceitaria um convite de um desconhecido; aceitei, sem pensar no meu casamento ou no que as pessoas iriam dizer se me vissem. Bem, essa última ideia não era provável, porque já era tarde da noite e não poderiam haver conhecidos nas ruas. Não haviam estrelas no céu, o clima estava frio e eu sentia que logo, logo iria cair uma chuva daquelas. Eu tinha bebido apenas umas duas doses de vodka, mas resolvi deixar minha sanidade de lado e ele me levou ao seu apartamento. Conversamos mais e mais, rimos, ele me contou de sua vida, disse que já havia sido casado duas vezes, mas que os casamentos duravam pouco, porque ele não conseguia se acostumar com aquela vida de regras; era empresário, dono de um restaurante que vendia comidas de todos os tipos, mas não gostava de ficar todas as noites lá, preferia andar nos bares, jogar conversa fora, andar nas ruas à noite, ficar na praia por horas, essas coisas. Bebemos mais um pouco quando chegamos lá e, quando dei por mim, estava tirando a roupa. Eu realmente não lembro como aquilo começou, só lembro que seu corpo era o mais bonito que eu já poderia ter visto, parecia algo esculpido. Sua pele era macia, e ele passava seus dedos em minhas costas, me apertando contra si, e me maravilhando  a cada segundo. O que se passou aquela noite, e durante outras, não direi, porque foi a melhor experiência da minha vida. Não me arrependo, porque eu me senti uma mulher de verdade, fugindo de todos aqueles clichês educativos. Eu não era feliz com Harry, e demorei para perceber isso. E eu não tive medo de contar o que aconteceu à ele, afinal, eu não podia sacrificar minha vida por alguém que se dizia feliz comigo, mas no fundo estava apenas seguindo as regras do matrimônio. Saí de casa e estou morando em um apartamento pequeno, sozinha. John às vezes me visita e nos divertimos como dois adolescentes, mas não todos os dias, não quero criar uma rotina com ele. Quero surpresas, aventuras, deixar meu sangue fervendo em busca de ideias que me emocionem, que eu possa sentí-las na pele. Comecei a vir para a praia quase todas as noites, para escrever meu novo livro. Estava na metade, mas eu precisava de um final. Me pergunto porque alguns livros exigem um final, então resolvi fazer este de forma diferente. Escrevi, escrevi, escrevi, e do nada parei. Não tinha um final, era como se quando o leitor fosse virar para a última folha, acharia que a mesma havia sido rasgada, ou o livro veio com defeito de fábrica. Acho muito clichê livros com um final completo, ou então com aquela história de continuação. Este livro não teria continuação. As pessoas o leriam e iriam esperar por mais, mas não teriam. Para que, afinal, esperar por algo que você sabe que virá? Assim não tem graça. A graça está em esperar por algo e ficar na dúvida. Esperar, esperar e esperar. Expectativas demais só vão te deixar cansado. Mas uma dose de cansaço é que emociona, certo?

6 de dezembro de 2010

Whatever Works.

"Why would you want to hear my story? Do we know each other? Do we like each other? Let me tell you right off, ok... I'm not a like-able guy. Charm has never been a priority with me. And just so you know, this is not the feel good movie of the year. So if you're one of those idiots who needs to feel good, go get yourself a foot massage." 

Só digo uma coisa: ASSISTAM.

"Eu só afirmo que as pessoas tornam a vida muito pior do que deveria ser, e eu garanto que já é um pesadelo sem a ajuda delas. Lamento em dizer que somos uma espécie em extinção. A minha história é que tudo pode dar certo, entendeu? Desde que não prejudique ninguém. Tudo o que puder trazer felicidade neste cruel mundo-cão, neste profundo caos sem lógica. Essa é a minha história."

Não é a tradução do de cima, but... você vai encontrar essas falas perfeitas no filme inteiro. Para quem gosta, como eu s2s2s2s2s2. Beijo.

26 de novembro de 2010

Goodbye blue sky.

Pronto. Acabou. Toda a pressão, toda a ansiedade, o medo, os estudos. Um ano inteiro que, na minha cabeça, valeu totalmente a pena. Enquanto muitos ficavam criticando com coisas do tipo "ai, tu estuda demais", mas não foi nada em vão. Caramba, eu esperei tanto por isso. Claro que meu sonho era a federal, mas e dai? P-A-S-S-E-I! No curso dos meus sonhos, em uma ótima faculdade porque, diga-se de passagem, a Unifor é realmente qualificada. E agora? Sei lá, fiquei meio sem rumo. Quando eu me deitei ontem, na hora de dormir, o sono nem veio, e eu fiquei com meus pensamentos vagando: como vai ser minha vida? e a dos meus pais? como vou viver sem gritar com meu irmão por algumas horas? ou assistir seriados com ele? ou contar piadas bestas e ele ficar me olhando com aquela cara de "graça kd"? e os meus amigos, como vou ficar sem eles? quando eu acordar no primeiro dia da faculdade e lembrar: "puts, vou para a faculdade, não para o colégio." O colégio é a coisa mais insuportável do mundo, e você passa todos os anos dizendo: "não vejo a hora de isso acabar." E quando acaba? Dios mio, não é drama, mas até parece quando você leva um tiro e sua vida passa toda na sua cabeça, como um filme (pelo menos é o que eu vejo na tv), e fica com vontade de poder voltar no tempo. É, eu queria voltar no tempo e poder dizer a cada pessoa que fez parte da minha vida, que eu vou sentir falta dela, que eu aprendi muito com ela. O que eu aprendi nesses últimos dois anos? Hm, vamos ver: Aléxia me ensinou a falar no silêncio coletivo; Jéssica me fez rir muitas vezes com as histórias de Jena e me ensinou muitos palavrões (não que isso seja lucrativo, mas é engraçado né); Rávina me ensinou que todo mundo merece um pouquinho de amor; Renan me ensinou que namorar livros é bem mais interessante que namorar pessoas (não que eu concorde, e ele agora tá namorando uma pessoa de verdade, mas eu ganhei muito com isso); Augusto me ensinou matemática e física, e sempre teve paciência por causa da minha lentidão, e sempre riu das minhas piadas, quando ninguém mais ria (e que risada contagiante a dele); Marcelo me ensinou que piadas de logaritmos e de física são engraçadas, mesmo quando você não as entende; Isaac, me ensinou que é sempre bom tirar onda da cabeça de Renan, mesmo que ele fique com raiva; Nunes me ensinou que eu não posso ser pomba, que amar é para os fracos, e que os homens merecem sofrer um pouquinho; Bárbara me fez gostar de LOST, que foi a melhor coisa que ela poderia ter feito; Amandinha me fez rir muito, com toda a sua inocência; Vini, mesmo não me aguentando, sempre me deu atenção (e isso já é muita coisa); voltei a falar com Larissa, e essa foi uma das melhores coisas que me pode acontecer; Davi, mesmo se passando sometimes, me fez continuar gostando muito dele; Mendel ~~risos ternos~~ passou dias dizendo que meu relógio não era feminino, duvidando da minha inteligência avassaladora; Hélvio, a gente brigando dia sim e dia não, não dava para ficar sem falar com ele, tipo, era rotina já, entendem? Af, são tantos, mas eu não posso falar de todo mundo aqui, dá até uma preguiça. Eu só queria poder colocar todos dentro das minhas malas e levá-los comigo. Enfim, boiolinhas lindos, vocês serão para sempre meus, eu morando em Fortaleza, em Paris, ou no Iraque, mas vocês continuarão sendo meus. Lururururu, acho que estou muito emocionadinha. Beijos.

23 de novembro de 2010

Books. I love books!

Nada melhor do que acabar-se em livros, certo? Claro, dito isso para aqueles que gostam, não que leem por mera obrigação. Acordei hoje pensando na pilha de livros deliciosos que eu tenho para comer, haha. Comer mesmo, porque é isso que tenho vontade. Eu entro neles, nas histórias deliciosas, e fico por lá, sem vontade de voltar, porque isso até me tira do tédio. Eu me apaixono pelas personagens, pelos fatos, pelas histórias, ficticías ou reais, mas eu prefiro as fictícias, afinal, as reais são tão comuns. Acabei de comprar dois livros na internet e tô tendo um ataque de impaciência já, e olhem que só chegarão daqui há uns dez dias: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres e A Rainha do Castelo de Ar. São dois volumes da Coleção Millennium, falta A Menina Que Brincava Com Fogo, que eu não comprei pela falta de dinheiro, tsc tsc, pois sou eu que pagarei. Há um ano os vi na livraria e senti o maior impulso de comprá-los, principalmente porque as capas era maravilhosas, pretas com detalhes de fogo. Me apaixonei, né. Mas acabou que os que eu comprei na internet nem têm a capa de fogo, e isso me deprime. Tudo bem, o que importa é o conteúdo e, pelo o que eu li, me atraiu bastante. Estava mais do que na hora de eu começar a renovar meu estoque de livros, porque agora só me faltam os de Harry Potter para ler, O Fantasma da Ópera (que há cinco anos eu tenho, mas nunca li, acho que porque as letras são minúsculas demais, sniff), e O Retrato de Dorian Gray, que eu comprei num supermercado, por R$14,00, vê se pode! um livro tão magnífico, por esse preço? Não acho que os livros devam custar os olhos da cara, mas também não devem sair quase de graça, dependendo do conteúdo e do autor. Os livros de Clarice, por exemplo, são tão baratinhos, e eu não tenho nenhum, porque eu acabo pensando: "se são tão baratos, melhor eu juntar o dinheiro para outro, e pegar esse emprestado." E é o que sempre acontece. Mas eu amo a Clarice, de verdade. Quem nunca leu um livro dela e pensou: ah, ela escreveu isso para mim, tenho certeza. Sempre é, né? Qualquer frase dela, qualquer coisa, sempre se parece com a gente em particular, e eu me encanto com isso. Enfim, viajarei muito nessas histórias que vou ler, e isso me satisfaz tanto, haha. Beijo.

"Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir." - Francis Bacon.

22 de novembro de 2010

Ansiedade.

Brrr, férias nem sempre acabam sendo divertidas. Você acorda tarde, vai para a TV ou o computador, passa horas em frente à eles, depois come, vai ao banheiro, toma um banho, tenta ler um livro, mas acaba voltando para o computador ou para a TV. E o tédio te consumindo... hoje ainda é segunda?

31 de outubro de 2010

Amantes.

Faziam 43 minutos e 27 segundos que eu estava sentada lá, lendo aquele livro que parecia não acabar nunca, mas também, deveras, eu não conseguia passar da página que eu estava lendo, minha concentração estava zero. Eu sentia os olhos dele grudados em mim, o que estava me causando um arrepio. Em um momento, ele levantou-se e foi até o balcão da cafeteria, então pensei: "Talvez ele esteja fingindo que não me viu." Mas isso era impossível! Praticamente todas as pessoas ali já deveriam ter percebido os olhos dele me encarando, como se eu fosse algum tipo de comida. 44 minutos. Quanto tempo mais ele demoraria? Céus, eu estava começando a pensar se não deveria ir em sua mesa, sei lá, tentar engatar a conversa. Não! Ele tem que fazer isso! Eu estava esperando por tanto tempo, não sei se aguentaria mais alguns minutos. A garçonete veio e perguntou se eu queria alguma coisa mais, então acabei pedindo outra xícara de café, dessa vez amargo, eu já estava começando a ficar enjoada. A garçonete trouxe o meu pedido e ficou parada, me olhando. Depois de alguns segundos foi que eu percebi, eu estava absorvida em meus pensamentos. "O que?" Perguntei. Por que ela estaria parada ali, me olhando também? "Perdão, mas acho que aquele homem não para de olhar para a senhorita. Por acaso o conhece?" Ela perguntou, tímida. Eu não sabia o que responder ou como responder. Ela percebeu, como todo mundo deve ter percebido. Por que eu tinha que ser tão fraca? Por que eu não conseguia tomar uma atitude? Eu sou uma mulher, pensei, tenho que fazer algo. Levantei-me, sem dar uma resposta à pobre garçonete, e fui à mesa do tal homem. Quando me aproximei, ele mirou seu olhar mais ainda em mim, como se tentasse ler minha mente. Fiquei parada por uns dois segundos, até que ele perguntou: "Por que demorou tanto?" E eu sorri.

Como eu me perdi.

"Onde estariam os meus cigarros?" Ai, céus, eu odiava acordar no meio da noite e ficar procurando por eles. Maldita insônia. Mas hoje tinha um porém: diante de tantas noites acordada, hoje eu estava feliz por não conseguir dormir. Leo estava ali do meu lado, parecendo um anjo, mas do tipo bem sedutor. Sentia vontade de acordá-lo e pedir para fazermos tudo de novo. Como era possível que eu o tivesse em minhas mãos, totalmente submisso a mim? Não que eu fosse uma deusa, claro, mas ele me via assim, como tal. Comecei a rir, e ele movimentou o braço para meu ventre. "Querido, não faça isso." pensei. Tirei sua mão e me levantei, para ir atrás dos meus amáveis cigarros. Fumar era meu vício, depois de passar noites com Leo. Eu não sei como estaria meu querido pulmão, mas quem se importa? Uma mulher de vinte anos não pensa muito no fim de sua vida, pensa apenas no agora, e o meu agora estava todo ali, deitado na minha cama, coberto apenas pela colcha. Minhas amigas vivem dizendo o quanto sou coração-de-pedra, que o pobre Leo me idolatrava e eu apenas o usava para saciar minha fome; mas não, eu sou carente, sempre fui, entretanto não divulgo meus sentimentos por ai, não gosto de ser explícita. Enfim, onde diabos coloquei os meus cigarros? Nossas roupas espalhadas pelos cantos do quarto não estavam colaborando muito com a minha busca. "Achei você, seus danadinhos." Até que enfim, já estava pensando em ir atrás do meu vinho, afinal, como eu iria passar meu tempo? Fiquei na janela, fumando e olhando para Leo. Ele sorriu. Deve ter sentido o cheiro do cigarro, afinal, eu gostava do tipo forte. Sabe, mesmo não sendo explícita, eu tendia ao exagero. Acho que ele vai acordar. Abriu os olhos, ah, que olhos! "Você não aguenta, não é, querida?" Engraçadinho. Ele se levantou e ficou de pé, ao lado da cama. Ali, parado, como se soubesse que eu iria pirar a qualquer momento. Santo Deus, agora eu estava fora do meu controle; como ele tinha a coragem de ficar daquele jeito em minha frente? Deixei meus pensamentos vagarem, tendo a certeza de que estavam escritos ali, na minha face. Ele veio até mim, segurando minha cintura com uma das mãos, e com a outra roubou o meu cigarro, dando um trago e o jogando fora. Acho que ele não estava calculando o perigo da situação, nem eu. Então ele me beijou. E eu senti todo o calor do mundo acumular-se em mim. E começamos tudo de novo.

Vida passa, passarinho.


E, talvez, se eu não me sentisse como uma senhora de 90 anos, cuja saúde não é nada admirável, eu poderia querer viver mais. Será possível que algum jovem já se sentiu assim? Tão inútil, fraco? Creio que não. A juventude era considerada a "flor da idade" mas, por favor, em mim nada mais são flores. Uma vez li: "felicidade nada mais é do que boa saúde e memória fraca." Confesso que minha saúde ainda anda nos trilhos, tirando as dores no estômago, nas costas e nas pernas. Incrível como me sinto tão acabada! Minha memória, tão querida memória, vive falhando, coitada, não chega mais a ser virtuosa como antes, se bem que, certos momentos, são preferíveis esquecê-los. Sinto a vida passar com asas, numa velocidade quase impossível de distinguir-se e, enquanto isso, fico sentada, piscando meus olhos, como se a esperasse acabar. Fico pensando: se já me sinto como uma pobre anciã, imagine quando eu realmente a for.