14 de julho de 2013

20 anos, 7 doses e várias saudades.

Sobre desapegar: não tem como. 
Sobre deixar ir: não tem como.
Sobre acabar com a saudade: não tem como.

Fico vendo todo mundo indo embora e eu ficando aqui, do lado de cá, porque eu escolhi ficar, e agora eu nem sei mais se foi uma escolha boa, mas foi o certo, certo? Fiz vinte anos há dois dias, mas, às vezes, tenho sérias dúvidas se o mundo não errou nessa contagem, porque não pode isso: um metro e sessenta de altura, sonhando demais. Ficar velha é uma coisa que eu não quero pra mim e tô tentando fugir disso desde os meus dezoito. Bebi demais, ri demais, abracei todo mundo que eu amava ali; devo ter dito um bocado de coisa louca porque é isso que acontece quando eu resolvo me soltar. Ainda tô tentando colocar a cabeça no lugar, mas o tempo tá passando. Rápido demais. Não consigo acompanhar essa velocidade. Parei, tudo girou. O mundo é de gente doida, de gente que eu queria tá perto por mais tempo; de gente que resolveu crescer e andar pra frente, que daqui a pouco pode nem lembrar de mim. Fiquem mais um pouco, ainda não tô preparada pra ficar só, pra deixar vocês irem pra longe, qualquer lugar que não seja aqui. 

Sobre coisas que acabam: não sei acabar junto com elas.
Sobre gente que vai: fica.

Um comentário:

  1. Sai desse lado dai, 20 num eh nem a metade, a gente ainda ta mais longe do que perto! Vai com quem tu gosta que no minimo tu ta bem acompanhada! Clarisse disse que a velhice eh uma fabrica de monstro. Meio cru, mas parece msm, aproveitar enquanto num vem alguem e prenda a gente por ser um monstro

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