30 de julho de 2011

Idas e vindas.

A essa hora (13:47) eu deveria estar no ônibus, voltando para "casa." Mas dai vem os acasos da vida, e acabei adiando minha passagem para noite. Acordei hoje cedo e fui direto para o quarto do meu irmão, acordá-lo e abraçá-lo por uma meia horinha que fosse. Lembro dele me mandando ir embora, dizendo que não vai aguentar morar sozinho comigo ano que vem, que a gente vai acabar se matando. Acho isso lindo, vocês me entendem né? Não quero ir embora, não quero ir embora, não quero ir embora, não quero ir embora... Me cansa pensar em voltar para aquela rotina exaustiva de universitária-responsável, bzzzzzzzz, me dá sono. Gosto de saudade não, meu bom Deus. Gosto de ficar sentindo aquele buraco no peito não. É noite de sono perdida, e a gente tenta se curar com tanta coisa, e acaba que nada cura. Sinto tanta falta dos meus bons tempos. Não que esses de agora não sejam bons, mas são outros. Os tempos são outros.

"Não quero medir
A altura do tombo
Nem passar agosto
Esperando setembro
Se bem me lembro (...)"
(Ópio - Zeca Baleiro) 

25 de julho de 2011

Cartas Para Julieta.

"Querida Claire,
 
“E” e “se” são duas palavras tão inofensivas quanto as palavras podem ser. Mas coloque-as junto, lado a lado, e elas tem o poder de perseguir você pelo resto da sua vida. E se? E se? E se?... Não sei como sua história terminou mas, se o que você sentia era amor verdadeiro então, nunca é tarde demais. Se era verdadeiro, porque não seria agora? Você precisa ter coragem de seguir seu coração. Não sei como é um amor como o de Julieta, um amor pelo qual deixar entes queridos, um amor pelo qual cruzar oceano, mas eu quero acreditar que, se um dia eu sentisse esse amor, teria coragem de agarrá-lo.
E Claire, se você não fez isso, espero que um dia faça.
 
Com todo meu amor.
Julieta."

18 de julho de 2011

"Não é triste? - perguntou - Você não se sente só?
(…) Sorriu forte: a gente acostuma."
- Caio Fernando Abreu.

10 de julho de 2011

O que o tédio faz a gente pensar.

E você ainda diz que fazer 18 anos não muda nada. Talvez seja só crise minha, talvez seja carência, ou só pressão exterior. Acordei com um peso de gente velha nas costas. Eu sei, parece clichê, mas é cansaço. É paranoia quando você acha que começa a esquecer o nome de algumas coisas ou pessoas? E esquecer dos momentos? Pode? Não, nem deveria. Mas a gente acaba esquecendo. É que eu me pego pensando nisso às vezes (mentira, quase sempre mesmo). Pois é, eu perco mais tempo pensando que vivendo. E ai eu deixo aquilo que é pessimista e triste tomar conta de mim. Mas espera, que dia é hoje? 10 de Julho. Em vinte dias eu já vou estar de malas prontas e voltando para onde deve ser minha casa. E voltar para toda aquela ansiedade chata e cansada, de esperar os dias passarem bem arrastadinhos, rindo de mim como se eu fosse piada. Mas ai eu aproveito: aproveito as alegrias que encontro em alguns lugares, os amores, os carinhos. É desse jeito que a gente aprende a curtir cada segundo dos dias, até mesmo num domingo tão cansado e parado como esse, que só o que eu sinto é sono, mas nem dormir eu vou. É tudo carência de abraço: mesmo que eu receba milhões por dia, parecem nunca ser suficientes.

"God only knows the way it's gonna be..." (Stand By Me - Oasis)