19 de dezembro de 2011

Cartas perdidas.

Depois de quase um ano, hoje eu pude me sentar e escrever uma carta. A gente perde o hábito, sabe? É essa tecnologia toda... Não, não, eu não abro mão dela. Postei há pouco no twitter que minha vida sem tumblr, twitter, facebook seria uma vida, mas não uma vida. E antes de escrever a carta, eu reli algumas antigas. Uns desenhos, uns bilhetinhos... Coisas tão bobas e tão bonitas que você fica ali, sem perceber o tempo passar, sem perceber que seu celular tá avisando que chegou uma mensagem. Cartas dos velhos amigos, aqueles que você achava que iam durar para sempre, e duraram o que, meses? Eu acho que por mais que eu escreva aqui, nada consegue me fazer ser mais eu quando tô escrevendo num papel, com uma caneta na mão e, por mais que a letra saia quase ilegível, eu tô sendo eu. Se eu não tenho coragem de falar algo, eu escrevo, e só consigo bem se for numa carta. E elas se perdem. E as palavras se perdem. E você esquece. Guarda em um lugar qualquer, coisas tão especiais. Carta para ex-namorado. Carta para ex-amor. Carta para ex-amiga. Carta de revolta para os pais. Carta... de gente que nem lembra que você existe. Tudo se perde nessa vida. Mas ai a gente um dia acha, e lembra, e chora, e ri, e fica feliz como se aquela coisa que você tá lendo tivesse acontecendo naquele momento.