14 de setembro de 2014

Diário de viagem: The city of angels - dia 1. (14/09/2014)

Todo mundo me perguntou porque eu escolhi fazer um intercâmbio de apenas dois meses. Meu apego por minha família dificulta minha vontade de sair mundo afora, o que não quer dizer que isso vai me impedir de algo. Hoje é o primeiro dia de 54 que ainda virão. E agora vou ter um diário de viagem. 

Não sei direito porque escolhi Los Angeles. Pensei que, se é pra fazer algo provavelmente tão único na vida, que seja em um lugar dos sonhos. O clima faz parecer que o inferno subiu a terra, mas dizem por ai que estamos no final do verão e jájá esfria. Deus ajude.

Starting...
Fiquei me perguntando se daria certo mesmo com um karma terrível me perseguindo. Meu óculos de grau quebrando, meu dedo fechado na porta do carro... De Fortaleza (CE) peguei o vôo para São Paulo (9h-12:35), e aproveitei a tarde que eu tinha por lá pra turistar um pouquinho na Av. Paulista. O vôo para Nova York tava marcado para às 21h e, óbvio, atrasou. Foi sair apenas às 23h. Para completar a sorte, sentei na última cadeira do avião, ao lado de um maquiador brasileiro, natural de Goiânia, que mora em NY há uns oito anos. Ele me ajudou com algumas traduções e contou sobre a vida americana. Léo disse que volta a morar no Brasil ano que vem, que não aguenta esse país. 

Chegamos em Nova York às 6:50 no horário de lá, uma a hora a menos que no Brasil. Passei pela imigração e já tava na cara que tinha perdido o vôo para Los Angeles. O velhinho que me atendeu era um fofo. Me desejou sorte nos estudos. No despacho das malas, um cara me perguntou se eu vim fazer cinema. "Los Angeles? Hollywood? Movie star?" As pessoas daqui são mais acolhedoras do que eu imaginava. Me colocaram no próximo vôo e tive que correr pelo JFK inteiro (que deve ser do tamanho de Juazeiro do Norte) e dei sorte de sentar ao lado de uma senhora pra lá de simpática, que elogiou meu inglês e tudo. 



Cheguei aqui às 12:35. Peguei um taxista que não é americano, mas acabei não perguntando de onde ele era. Me mostrou os pontos da cidade que a gente ia passando e até me emprestou o celular pra que eu pudesse ligar pra minha host mother. 

Rachel (na verdade, Rachele) mora pertinho da Sunset Boulevard. Daqui da rua do condomínio, dá pra ter uma vista linda do Hollywood Sign que, diga-se de passagem, fiquei em choque quando vi. Não tem nada demais, é claro. Mas é coisa de outra mundo ver de perto algo que você só vê no cinema. O apartamento dela tem livros por todos os lados e ela me contou que já teve uma hóspede de Recife ("the city with the big port"). Agora ela tá dormindo e ainda são cinco da tarde. Queria tá dormindo também pra acordar só amanhã. A saudade aperta e a vontade é de chorar o resto do dia. Ainda bem que amanhã já tem escola e mais gente nova pra conhecer.

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