16 de setembro de 2014

Diário de viagem: The city of angels - dia 2. (15/09/2014)

É loucura viver aqui. Cheguei nas escola às 8:15 porque Rachel me levou de carro pela Sunset Boulevard. O trânsito é calmo de manhã e o movimento é mais forte em outros horários e alguns outros locais, como na Hollywood Boulevard durante a tarde. A parte complicada é dormir. Além do calor, o fuso horário atrapalha. Hoje (16/09) acordei às 6h e não consegui mais pregar o olho. E ai vim escrever.

Kings Colleges Los Angeles
As pessoas que trabalham na escola são maravilhosas. Todo mundo é muito paciente e simpático e acolhedor. Os estudantes que entraram junto comigo são mais reservados, até porque uma boa parte já fez amizade com pessoas de sua nacionalidade, o que dificulta pra aprender o inglês. Conheci a Laura, alemã que vai passar apenas duas semanas por aqui (o que me deixou triste, porque fazer amizade aqui não é fácil mesmo). Os veteranos também não dão muita bola pra quem acabou de entrar, até porque eles já tem seus grupinhos e etc. Não encontrei nenhum brasileiro ainda.

Fizemos um teste de 80 questões que, supostamente, deveriam ser as mais difíceis do mundo, mas nem achei essa coisa toda. Fiquei num nível bom, o 6B - Upper-Intermediate, eu acho. O Kings tem dois prédios - um na Cassil Place (que é onde vou estudar - e o que eu mais gostei) e outro na Sunset, que é num edifício gigante e cheio de salas. Eles conversaram bastante com a gente, mostraram a vizinhança, deram almoço e umas 15h a gente foi liberado.

A escola tem programação para todos os dias. Hoje tem Silver Lake e domingo tem caminhada pro Hollywood Sign. No fim de semana tem a viagem para Las Vegas, $ 225 por um quarto pra quatro pessoas onde você ainda tem que dividir a cama (mas é um hotel 4 estrelas). Anyway, thank you, but no, thank you. Minhas viagens ficarão pra outubro.

Hollywood Boulevard
É incrível. No começo da rua tem pouquíssimo movimento, mas todo canto tem algo que chama atenção. Quando vai chegando perto do Dolby Theatre (que é onde acontece a cerimônia do Oscar), ai as coisas esquentam. Milhares de turistas nas ruas e calçadas, tentando achar um espacinho vago pra tirar fotos. Geralmente, alguns guardas ficam nas ruas pra controlar o trânsito e a passagem dos pedestres. Ontem ia ter a premiére de um filme, mas o segurança fingiu que não sabia o horário pra não dizer pra gente.

Consegui ouvir uns brasileiros conversando, mas nem me aproximei pra não sentir mais saudade de casa. O que tem muito são esses cantores de ruas, que tentam a sorte vendendo cds. Alguns são loucos - teve um que parou a gente e deu um cd a Laura, dai ela falou que não tinha dinheiro e ele disse que tudo bem. Depois perguntou se ela tinha pelo menos um dólar e ela disse que nada, que não era daqui. E ai ele tirou 50 dólares do bolso e disse que tinha dinheiro (wtf??) e ai ela ficou tentando devolver o cd e ele: "você não gosta de pessoas negras, é isso? É só porque sou negro?" E pegou o cd de volta. Saímos andando e, quando vi, ele tava correndo atrás da gente, me pedindo o cd de volta - sendo que ele não me deu cd nenhum. Ai eu expliquei e ele nos deixou em paz. Todos esses vendedores ambulantes são extremamente insistentes, eles tentam te convencer de qualquer modo. É muito doido.

Ficamos turistando um pouquinho, sempre com a garrafa de água na mão porque é muito quente. Uma tarde e meu rosto já tá queimado (e esqueci de trazer protetor solar). Visitamos lojinhas e paramos na Forever 21 pra comprar umas coisas. Apesar de tudo parecer muito barato, é caro também. A loja da Disney é uma facada, sem falar nas banquinhas de rua que vendem souvenirs. Uma caneca custa cerca de 10 dólares. 

Como a Hollywood Blvd é consideravelmente perto da minha casa, voltei a pé, mesmo com minhas pernas tremendo de tanto andar. Ainda aproveitei pra andar até o fim do meu quarteirão e tentar uma foto do Hollywood Sign. Preciso de tênis! Cheguei em casa às 18h - é muito claro essa hora, por isso é tranquilo andar a pé. Fui correndo ligar para os meus pais porque já era um pouco tarde no Brasil e eu só tinha falado com eles pela manhã. Rachel jantou comigo às 20h e ela é meio difícil de conversar, eu sempre tenho que ficar perguntando coisas e mais coisas. Ela gosta de ficar no quarto dela, o que é meio chato. A comida aqui é bem sem graça - pão, geléia, pra beber não tem nada (ela disse que ia comprar). Quem disse que eu ia voltar gorda, vai me ver anoréxica daqui a 52 dias.

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