19 de setembro de 2014

Diário de viagem: The city of angels - dias 4 e 5. (17 e 18/09/2014)

Ok, você nunca sabe o que vai encontrar nessa cidade - desde um colsplay do Capitão América que tira foto com você de graça até um velho louco que sai correndo atrás de você pra vender algo. Não sei se isso acontece no país inteiro, mas aqui, em Los Angeles, você não pode confiar nas pessoas. Elas são simpáticas e amigáveis, vão te dar bom dia na rua, mas, com certeza, se você precisar, elas vão fingir que nunca te viram.

Fiz a loucura de comprar um chip daqui. Fiquei com medo de precisar e, estupidamente, paguei $60 num pacote que inclui ligações e sms ilimitadas para celulares dos Estados Unidos e internet de 1gb. Por um mês. Sessenta dólares. Eu podia ter comprado tanta coisa... O almoço foi no Denny's, um dinner super arrumadinho igual ao que a gente vê nos filmes. Pedi um sanduíche que mais parecia coisa de café da manhã e um copo de limonada que eu beberia em três dias. $13 dólares com taxa e gorjeta. Essa cidade é impossível. 

Hollywood Tour




Eu e Laura fomos de cima abaixo na Hollywood Blvd atrás de um tour onde o ônibus tivesse teto e não fosse tão caro. Encontramos loucos de todos os tipos - um, inclusive, disse que se eu queria sombra, me colocaria no porta-malas. Pois é. Até que conseguimos super tranquilo por $20. Éramos nós, mais quatro pessoas e o guia/motorista. Fomos conhecer casas de alguns famoso (que eu fiquei me perguntando se realmente eram deles ou se os guias não inventam isso pra ganhar dinheiro. Vai saber, né?). Katy Perry, Bruno Mars, Justin Timberlake, Charlie Sheen, Leonardo di Caprio (minha casa preferida), Miley Cyrus, etc. Beverly Hills é incrível. O calor tava anormal em Hollywood, mas só foi chegarmos lá que o clima mudou. As árvores, as ruas. Tudo calmo e fresco. Rodeo Drive é linda, mas comprar lá não vale a pena nem de longe - Chanel, Tom Ford, Cartier, etc.

Cheguei em casa tarde e nem vi minha host mother. A melhor parte foi quando acordei de madrugada e percebi que o calor infernal tinha ido embora, dando espaço pra um ventinho maravilhoso. Pude até dormir mais.

Psychiatry Museum e Hollywood Museum



O dia foi bem melhor. O vento frio ajudou o tempo a passar mais rápido. Eu e Laura visitamos dois museus - o Psychiatry Museum (entrada free), onde eles contam a história dos bizarros tratamentos psiquiátricos e mostram vídeos e fotos e peças e eca, gosto nem de lembrar. Me senti muito mal vendo aquilo tudo. O Hollywood Museum ($12 estudantes) foi mais animado. Vimos roupas dos filmes e cenários, como o de Hannibal. Depois fomos ao Starbucks e a H&M. Achei que ia chegar mais cedo em casa pra poder conversar com meus pais pelo skype, mas só deu tempo de dizer boa noite pelo whatsapp.

Rachel veio falar comigo às 21h. Supostamente interessada no meu jantar, mas já percebi que o tipo dela é: chega, pergunta se tá tudo bem, precisa de algo, como foi o dia, e no final vai reclamar de alguma coisa. Dito e feito. Não sei se choro ou se rio. Ela veio falar que eu precisava comprar água, porque não tinha condições de ficar comprando, é muito pesado pra ela. Ok, pausa. 1. Ela tem um carro. 2. Ela não cozinha pra mim, ela compra comida - o que nem é isso tudo, porque só tem pão, queijo e peito de peru, leite e chocolate, maçãs e uvas. E só comprou porque eu pedi. A mulher tá recusando a me dar água. 

Sinceramente? Quem abre a boca pra dizer que Estados Unidos é melhor que Brasil é só pra empinar o nariz. Eles são mais organizados nas leis - no trânsito, é uma loucura. Os carros param no meio da rua, não tem sinalização. É tudo muito surreal. O american way of life devia se chamar american crazy way of life. A experiência de ficar em uma host family é legal, mas só se você tiver muita sorte. É como ganhar na loteria. Talvez mudar de casa seja o melhor a se fazer agora. 

Um comentário:

  1. Lidi, I'm your fan. This blog is great. Everything will be okay,just a little patience. Kisses

    ResponderExcluir