21 de fevereiro de 2012

Passou o tempo.


Para ler ouvindo Rewind, Diane Birch.

Banho de chuva, o barulho dos pingos caindo no telhado, cachorros latindo, crianças brincando. É uma coisa tão bonita de se ouvir, de se ver! Deitar numa rede, ouvir uma boa música, e pensar naquelas coisas ditas na noite anterior. A gente jogou conversa fora, riu de coisas comuns, pouquíssimas horas se passaram e nem deu pra gente se abraçar. Frio, céu escuro, a rua quase que vazia. No momento em que eu me virei para ir embora, queria ter dado meia-volta e te abraçado. Queria ter te dado um beijo quente, sabe, para parar toda aquela tremedeira do seu corpo. Ficar tremendo quando me vê, mas existe coisa mais bonita? Algumas coisas são difíceis de explicar, aparecem do nada dentro da gente. Coração pula de alegria, do nada. Falo isso ou não falo? As mãos gelam. Mas é o frio! É pouco tempo que a gente tem para dizer o que se devia, e acaba que nem diz. "Deixa pra depois", e o depois nem chega. Amanhã. Outra hora. Tem tempo. Tá tarde. Fui embora.

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