6 de julho de 2012

Buraco.

Tô meio assim, perdidinha, passando aba por aba do navegador da internet, procurando alguma coisa fixa pra me entreter e me fazer esquecer de certas coisas difíceis de lidar. Vejo as fotos de uns amigos, leio Gabito Nunes, e abro meu blog pra ver se consigo me livrar desse peso nas minhas costas. Hoje eu fiz alguns testes vocacionais, e um dos resultados dizia que consigo me expressar melhor escrevendo do que falando, que não sei lidar muito com a comunicação oral. Verdade. Acho mais difícil conversar olhando nos olhos das pessoas, acho um desafio e tanto, que não é pra mim. Há alguns dias venho pensando no que fazer do meu futuro e lembrei de um livro que li, Julieta, em que a personagem fala que nunca conseguiu imaginar um futuro certo, que quando ela tentava, só via um buraco negro. Acho que agora me identifico com isso. Na realidade, não vejo um buraco negro, vejo apenas algo faltando. Eu sou só mais um clichê, daquele tipo de adolescente que passa boa parte da vida dizendo: "quero ser escritora quando crescer!" E acha que é só assim. Crescer e escrever. Seria tão mais fácil... Sempre quis Jornalismo, nunca me imaginei fazendo outra coisa porque para mim não existia outra coisa. Era Jornalismo e pronto. Imaginei que essa seria a porta de entrada para o meu futuro, e talvez seja, só ainda não descobri como abri-la direito. E sempre venho me perguntando se eu gosto mesmo do curso e hoje, numa conversa com a minha mãe, ela veio me perguntar se tava valendo a pena: eu não sei. Olho para o teto, depois para os meus pés e não consigo definir esse sentimento. Como na maioria dos momentos da minha vida, eu sempre escolho o meio termo. Hoje, agora, não sei o que fazer, nem para que colo correr. Só queria que a vida se resolvesse enquanto eu leio um livro. Ou escrevo um desses desabafos desesperados. Sei lá, alguma frase que sirva de sinal. Qualquer coisa que me diga como lidar com o mundo ali fora.

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