1 de setembro de 2013

"Isn't everything we do in life a way to be loved a little more?"

Tinha que fazer qualquer coisa pra não me sentir só. Esse era o problema: ser só. Dia desses, em conversa com um professor, enquanto eu tentava dar um jeito de ir pra casa sem levar falta na aula dele, descobri que ser só não era uma coisa exclusiva. "Mas eu já não gosto daqui porque eu fico sozinho a maior parte do tempo." E aquilo deu uma dorzinha no meu coração, sabe? A gente deixa todo mundo longe pra tentar ser alguém ou qualquer coisa que nos complete. E nada completa. Daí consegue tudo que quer: casa, trabalho, uns poucos amigos pra contar nos dedos e beber algumas cervejas uma vez por mês. Era tudo que eu queria, não era? Acho que era. Era. Passado. Passou. Todo dia é alguma coisa diferente e a gente enfia a cara nos livros, sonha com alguma coisa diferente. Dorme e descansa. E se cansa. Deixa alguma coisa do lado de lá e se esconde debaixo do travesseiro. E quando o despertador toca às 6:50 da manhã de segunda-feira, sair daquele escuro do quarto é a coisa mais difícil a se fazer. Ver as pessoas, os cachorros de rua, os carros que buzinam sem nenhuma piedade. Todo mundo é só e esquece disso porque é gente demais, é céu pra todo lado e calor de fim de mês. Mas ai uma vez ou outra alguém encontra outro alguém. Se encontra. E ai qualquer lugar fica bom, qualquer música fica menos triste e a gente esquece de quem é só.

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