13 de abril de 2016

"When I die I'll be on time."

A gente chora por tanta coisa. Reclama. Seja pela dor nas pernas ou porque a vida é só uma bosta mesmo. Aí a gente bebe e consegue dançar pole dance ao som de Legião Urbana com vontade de botar toda a alma pra fora porque aquela caipirinha tinha álcool demais. Eu acho que, na verdade, era álcool puro. E misturar aquelas cervejas talvez tenha sido meu maior erro desde que eu pensei que queria ser jornalista. E volta pra casa em um salto de 13cm sem nem sentir os passos que dá, sem saber como abre a porta, sem saber tirar a roupa ou o delineador que já tava todo destruído. E no outro dia acorda com o peso do mundo na cabeça, tentando lembrar do próprio nome porque é um detalhe importante a ser lembrado. Ou não. Às vezes eu só queria esquecer meu nome também. E esquecer da minha idade, do meu endereço, de tudo que ainda está por vir. A gente quer tanto esquecer tudo e acordar olhando pro sol e querendo gostar daquele sol, porque sol devia ser uma coisa boa - tirando o calor e todo o suor que vem junto. E ai os dias vão passando sem significar nada, porque é isso que a vida significa quando você só consegue dormir e ler livros com frases de efeito que você só queria aplicar em sua vida. Olha pro relógio e já é 3 da manhã e ainda não veio o sono. Nem veio fome, nem vontade de chorar. Qualquer mentira é melhor do que a vida que a gente leva. E ai você escreve mais um texto sem sentido que ninguém vai ler porque ninguém se interessa por textos sem sentido. Ninguém se interessa por uma vida que cansa.

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