15 de fevereiro de 2018

"They would not listen, they're not listening still. Perhaps they never will."

Eu gosto de escrever aqui sabendo que ninguém vai ler. Que as pessoas sobre as quais escrevo provavelmente nunca sequer cogitaram a ideia de que eu tenho um espaço só meu há oito anos só para escrever as milhões de coisas que eu não consigo dizer - tirando meu namorado, é claro. De todo jeito, me alivia poder chorar um bocadinho sem medo de alguém abrir a porta do quarto de uma vez. Aqui só tem uma porta e quase nunca é aberta. Existem dias ruins e dias não tão ruins que eu consigo sobreviver quase que forçada. Ultimamente, quase todos são ruins e quase todos me fazem querer ficar escondida o tempo todo. Mas, se tem uma coisa que eu sou péssima é em me esconder. E esconder cada dorzinha que eu sinto quando pisam no meu pé, e eu falo isso de forma figurada e não literal. Na verdade, meu amor pelo mundo é gigante. E eu odiei chegar a essa conclusão porque eu não vou conseguir fugir ou escapar. Não existem colinas para correr, nem remédios que me façam dormir o suficiente. Eu não tenho a quem agradecer. Nem a quem odiar. E quer saber de um segredo? Foi quando eu enchi meu peito de amor que eu não consegui mais respirar. 

"For they could not love you
But still your love was true
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night (...)"

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