14 de maio de 2017

"What are the chances you’d ever meet someone like that?"

Eu me pergunto se quando tudo acabar, a gente ainda vai existir. Porque das vezes que eu quis parar, você não me deixou. Quando eu não quero ir, você só fica ali no canto me olhando, talvez me entendendo, talvez me odiando por ser tão louca e paranoica. Por ser eu. Eu. Alguém que é péssimo em fazer contas, que compra demais, que se perde no meio da cidade e tem pavor do mundo. Das pessoas. Do que elas pensam ou deixam de pensar porque, como elas, eu penso demais. Eu julgo demais. E imagino tudo dando errado. A gente dando errado. De novo. Eu sou tão péssima eu gostar de mim. Mas você não me deixa. Você me vem com as palavras mais certas e eu odeio tanto isso de saber que você tá certo quando eu nunca estou. E o universo, por ser tão complicado, fez a gente se perder e se ganhar e longe. Eu penso se seria bom largar tudo e esquecer porque eu sei que vai doer muito. Toda vida é como se fosse uma primeira vez e eu não tinha mais paciência. Eu não tinha mais idade. E, no fundo, eu hesitava em te largar porque, se você me solta, eu não vou saber ir de novo. 

“Damn, damn, damn," she said. "I never said why I like you, and now I have to go."

"That's okay," he said.
"It's because you're kind," she said. "And because you get all my jokes..."
"Okay." He laughed.
"And you're smarter than I am."
"I am not."
"And you look like a protagonist." She was talking as fast as she could think. "You look like the person who wins in the end. You're so pretty, and so good. You have magic eyes," she whispered. "And you make me feel like a cannibal."
"You're crazy."
"I have to go." She leaned over so the receiver was close to the base.
"Eleanor - wait," Park said. She could hear her dad in the kitchen and her heartbeat everywhere.

― Rainbow Rowell, Eleanor & Park

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