16 de abril de 2018

"I climbed the tree to see the world when the gusts came around to blow me down."

Pessoas são sempre meu maior desapontamento. Mas acho que a decepção acaba sendo eu mesma. Era difícil me explicar para o mundo quando tanta coisa invadia minha mente e me sufocava e me fazia parar. Da janela, o céu parecia muito azul, até que do nada tudo ficava escuro e chovia. Podia ser uma analogia ao modo como meu cérebro funcionava e meu corpo correspondia. Esperar que me deem em troca aquilo que exatamente eu dou. Procurar algo que não existe e insistir que exista porque, talvez, só talvez, pudesse melhorar a forma como eu me sentia sobre mim mesma. Acho que é demais, né? Às vezes eu me beliscava porque tinha esperança que a vida real fosse muito mais do que é isso aqui, mas nem era. Não existia nem existiria nada além. Minha gramática não era suficiente. Minha educação não se sustentava. Meus planos de sentir qualquer coisa iam por água abaixo porque eu sentia demais, demais. E, de novo, eu percebi como eu odiava sentir. 

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