29 de dezembro de 2012

De sábado à noite.

Eu não sei o que escrever aqui, e me dá agonia olhar para a tela do computador e o teclado, tela do computador, teclado... Tá passando aquela versão da MTV de O Morro dos Ventos Uivantes, e eu tô jogada no sofá passando os canais da tv, mas sabendo que vou voltar para o filme. Tô só, de pijama e rouca, com as pernas para cima e esperando qualquer mensagem no celular. Eu queria dizer que os dias são diferentes, que ontem eu acordei gostando de você, mas hoje eu nem lembrei da tua voz. É que eu me programei para lembrar dos prós e contras desse amor cansado e desgastado, e eu não sinto saudade. Eu sinto falta, mas saudade não. Saudade é forte e é bom, eu gosto. Mas sentir falta é só olhar para a parede e lembrar daquele quadro velho que a mãe guardou em algum canto da despensa. Talvez um dia ela se lembre dele e o coloque de volta no lugar, e é isso que acontece comigo e com você: talvez um dia a gente se lembre um do outro e se goste de novo e se abrace no sofá.

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