15 de fevereiro de 2013

Quando falta o sono.

Tem umas olheiras gigantes no meu rosto e eu tô com sono, mas dai que não consigo dormir, porque não me acostumei a dormir antes das quatro da manhã, e acontece que eu fico acordada olhando pro escuro ao meu redor. Meu irmão terminou o namoro e eu não consigo saber se ele tá triste porque ele nunca foi de se expressar, ao contrário de mim, que gosto de gritar para os quatro cantos do mundo aquilo que me dói. Têm uns dois dias que não durmo direito, tô desregulada. Faltam cinco minutos para onze horas e eu tô deitada, mesmo sabendo que não vou conseguir tirar pelo menos um cochilo antes de madrugar de novo. Comecei a ler um livro novo, é legal, é bonito, do jeito que eu gosto. Tô tentando traçar umas metas para esse mês de férias que ainda me resta, mas enquanto houverem segunda-feiras no mundo nada vai mudar, não porque eu odeie as segundas-feiras, mas é que sempre dá vontade de adiar tudo quando elas chegam. "Deixa pra próxima semana", é o lema da minha vida. E eu tô nessa desde dezembro. Não comecei o trabalho que minha mãe pediu, os outros livros que eu tava lendo tão abandonados no criado-mudo, vez em quando passo a mão pra limpar a poeira, minha dieta deixou de ser dieta há muito tempo, e ainda não consegui terminar de baixar aquele filme. Acho que é isso, nunca vou terminar de fazer nada porque nunca começo a fazer. Domingo faço a prova de transferência de universidade, e a concorrência tá baixa, mas eu ainda tô com medo, porque eu vivo com medo de tudo mesmo. É que eu não sou de ter muita sorte, sabe? Mas eu tenho, dia-sim-dia-não acontece uma coisa legal. E eu tô triste por motivo nenhum, porque tenho dessas coisas de ficar triste quando não se tem nada melhor pra fazer. Talvez eu precisasse de um emprego, ou de ficar de castigo por uma semana, mas eu só tenho 19 anos, nenhuma faculdade e deixando toda a vida pra amanhã. 

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