12 de fevereiro de 2016

"And we will talk with our head in the clouds."

A gente tem que parar de pensar que significa alguma coisa quando, na verdade, significa menos que nada. As pessoas jogam conversa fora, se olham sem se olhar, e a gente fica observando um ao outro sem saber o que dizer, como dizer, porque dizer. Dorme e acorda sem perspectiva, sai de casa, olha o mundo, e pouco ou nada enxerga. Eu queria saber pra onde a gente vai se não sai do lugar. Se a gente nem chora pra agradecer as coisas supostamente bonitas que nem são mais tão bonitas assim. Se eu sabia que no meio do caminho eu ia me perder e ficar por lá. Dia sim, dia não. Às vezes acho que não faço nenhum sentido pra ninguém, e quando me olho no espelho não consigo ver o que eu devia ser. E ai de vez em quando a gente bebe todo o tipo de álcool pra ver se esquece dos problemas que nunca vão ser esquecidos. Me deixasse ficar bêbada e deitar no chão e olhar pro céu fingindo que sei o nome de cada estrela, como se acreditasse nelas. Como se acreditasse que Deus pudesse me dizer alguma coisinha qualquer, só pra mostrar que ele tá ali assistindo tudo, mesmo que de braços cruzados. A gente deixa o mundo cheio de ruídos, as ruas com barulhos insuportáveis e aquelas músicas ridículas que botam um sorriso na nossa cara só por botar. Eu ainda não encontrei nada por ai que me fizesse querer continuar indo, mas ficar sem rumo é tão mais fácil. Tão mais confortável. Tão mais eu. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário