17 de fevereiro de 2016

"Heaven help the fool who falls in love."

Tudo que eu queria era me livrar daquele peso nas costas e encontrar algum tipo de liberdade quando chegasse ao fim. Eu só queria dizer que o tanto que eu gostei dele parecia que nem tinha existido algum dia. Que talvez estar perto dele e olhar pro rosto dele e ver aquele sorriso que um dia quebrou minhas pernas hoje não faz com que eu expresse nada. Eu nem sinto arrepios. E meu corpo parece que desistiu de virar gelatina. E minha vista não fica mais escura. E é tão incrível tudo isso. Só que parece que ele não consegue entender e fica fazendo perguntas idiotas do tipo "mas não existe mais nada?" E é ai que eu paro pra pensar sobre o que existiu. Existiu tanta, mas tanta coisa. E ai depois abriu um buraco no peito onde tudo foi parar e, depois, desaparecer. Eu continuava me fazendo acreditar que ainda sentia o mínimo que fosse porque era ruim não sentir nada, e a lembrança de tudo que passou era uma coisa que me fazia ter vontade de sentir de novo. Porque, é óbvio, um raio não cai duas vezes sobre a mesma pessoa. E assim eu me questionava se algum dia eu ia sentir aquela coisa toda, aquela vontade de ver lágrima e poesia bonita em tudo que eu via pela frente. Mas é bem ridículo pensar assim, porque é mais fácil de viver agora. Não é melhor, mas é mais tranquilo. Eu posso dormir e ter sonhos com gente estranha. Posso olhar pro teto do meu quarto e não sentir nenhum frio na barriga porque nada mais me fazia sentir frio na barriga. E ai eu vou vivendo como se me importasse com o vento ou como se o azul do céu fosse algo que me fizesse suspirar. 

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