10 de maio de 2012

Vai que...

Eu meio que sou um problema para mim mesma, sabe? Foram duas semanas de cão, vontade de bater a cabeça na parede, de puxar os cabelos, de gritar pro mundo como eu odeio a vida. Dia desses falei pra minha mãe como eu sou azarada e ela veio com aquele sermão de que eu tenho saúde, vida boa, e todos os etecéteras. Me deu preguiça, claro. Porque eu tenho preguiça de tudo. E vocês sabem disso. Agora, o que eu queria mesmo era ficar horas deitadas, agarrada à mim mesma, ouvindo o barulho da água pingando do meu chuveiro quebrado. Mas eu sou mole, mais sentimental que as músicas do Los Hermanos. Sou sim, sou toda exagerada e cheia de dramas. Talvez seja o chamado inferno astral, ou talvez seja só um treino pro meu futuro. Talvez alguém tenha esquecido de mim, ou eu mesma me esqueci. É só mais uma coisa que dá errado. Mais uma, de muitas. Vivo dizendo que não sei lidar com nada: com pressão, com brigas, com responsabilidades. Com amores. Não sei lidar com essas coisas que a vida joga pra cima da gente, sem perguntar: "tá preparada?" Eu nunca tô. É um karma adolescente de que nada vai dar certo. Mas eu fico cutucando, cutucando, cutucando, por que vai que algo funcione? Vai que um dia eu saia do meu casulo e não bata de cara no primeiro poste que aparecer? Sei lá, tô só botando fé.

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