25 de março de 2012

Sábado.

Pijamas, cabelo bagunçado, chinela, quarto revirado. Foi assim que eu acordei num sábado qualquer e fiquei olhando para as paredes. O apartamento silencioso, nenhum grilo cantando ou  o vizinho martelando alguma parede. A gente se olha no espelho e fica se perguntando onde errou. Talvez a pressa, talvez amor demais. Eu estava velha, cheia de olheiras, desesperançada. Onde eu encontraria alguém como você? Não, não quero alguém como você, porque tudo vai me lembrar você. Quero coisa nova, cheiro novo, gosto novo. Me escondi debaixo do cobertor e fiquei esperando. Nada acontecia! Mas como eu queria que acontecesse? As coisas não iriam cair do céu, iriam? Ou aconteceriam por mágica? Talvez você se teletransportasse? Eu me perdi, em algum lugar qualquer, em um momento solto. Larguei a vida e esqueci o que é ser gente. Larguei o mundo e fiquei vazia, oca, sem nem lágrima pra desperdiçar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário