3 de setembro de 2012

Falta um título pra tanto pensamento.

Não sei mais escrever. Sei lá se algum dia eu soube. Anda tudo tão corrido e cansativo que, quando pego um papel e uma caneta para botar umas palavrinhas, por mais simples que sejam, para fora, não saem. Penso no sono, na cama bagunçada, no barulho vindo do apartamento de cima, o choro do bebê que me fazem ter vontade de gritar um "cala a boca!" "Mas é só um bebê", eu penso comigo. Eu tô deixando a vida fugir de mim sem nem correr atrás, e vez em quando paro para pensar: "será que vou me arrepender daqui a cinco, dez anos?" Sei lá. Nunca sei de nada. Meio que tenho mania de não fazer as coisas certas, de ficar receosa, "melindrosa" (como diz minha mãe), sempre chorona. Sempre querendo resolver as coisas no choro. É assim que é não crescer? Não querer que o tempo passe? Ver as pessoas pensando num futuro, querendo terminar a faculdade, casar, ter filhos... Enquanto eu fico só pedindo pro tempo parar, ficar onde tá. Sabe, tá bom, tá legal. Desse jeitinho eu consigo. Sorrir meio torto ao ouvir os sonhos realistas dos outros, e ficar calada, guardando os meus pobres clichês para mim. 

"Os jovens não têm o monopólio dos corações partidos, sabe."
(A Última Carta de  Amor)

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