17 de setembro de 2012

Se minha vida fosse um livro.


A Culpa é das Estrelas,  John Green.

Me olhei no espelho e meu rosto estava da cor do meu cabelo, com exceção de umas manchas pretas por causa do rímel que tinha escorrido junto às lágrimas. E então comecei a pensar (como sempre acontece quando finalizo a leitura de um livro) como seria a minha vida se ela fosse um livro. Isso soa clichê, o que já faz entender que eu seria (sou?) uma personagem cheia de  clichês. Semana passada um amigo me disse que ele sabia viver, porque saía praticamente  todo dia. Eu não me considero uma pessoa (muito) anti-social. O que acontece é que não sei começar um diálogo com algum desconhecido, então, na maioria das vezes (ou quase sempre), passo o meu tempo em casa, deitada na cama, namorando um livro. O cheiro, o barulho das folhas passando, os personagens. É tudo de uma beleza só, de um amor que vai além das páginas. Eu não saberia escolher um gênero para definir minha vida: memórias eu tenho muitas, mas não suficientes; não vivi o bastante para ter uma biografia. Um romance? De Jane Austen a Nicholas Sparks existem muitas opções histórias. Talvez, no meu caso, ser uma Liesel Meminger cairia melhor. Alguém virá com aquela filosofia barata de que eu já sou personagem da minha própria vida. Olha, você, seja quem for, isso é coisa de gente conformada, de gente que só pensa em arrumar um emprego, um casamento bom e um casal de filhos sejam o orgulho da família. Ouso dizer que não é isso que quero para mim. Ouso dizer que, apesar de não ter um futuro escrito à caneta, já fiz alguns rascunhos. E, se minha vida fosse um livro, talvez eu tivesse uma história boa para contar, cheia de sorrisos e lágrimas, e um amor para a vida toda.


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